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sábado, 16 de abril de 2016

Expiação Limitada

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Expiação Limitada
“Expiação limitada” nome que causa arrepio em muitos cristãos, e até terror, pois para alguns ler ou ouvir acerca desta doutrina é uma tortura longa e dolorosa. Naturalmente por “ter esse caráter” muitos opositores ela têm, os arminianos a chamam de calcanhar de Aquiles do calvinismo por que segundo tais, Deus obviamente morreu por todos como afirmam a Escritura. Mas será que o ponto fraco do calvinismo é tão fraco assim como afirmam seus opositores? É isso que vou tentar responder hoje com o mínimo de parágrafos possível. Vou começar com uma citação da confissão de Fé de Westminster: “Aprouve a Deus, em seu eterno, escolher e ordenar o Senhor Jesus, seu filho Unigênito, para ser mediador entre Deus e o homem, o Profeta, Sacerdote e Rei, o Cabeça e Salvador de sua igreja... e deu-
Lhe desde toda a eternidade um povo para ser sua semente, e no tempo devido, ser por Ele remido, chamado, justificado, santificado e glorificado... O Senhor Jesus, pela sua perfeita obediência e pelo sacrifício de si mesmo... Satisfez plenamente a justiça do Pai, e, para todos aqueles que o Pai Lhe deu, adquiriu não só a reconciliação, como também uma herança perdurável nos reinos dos céus... Cristo, com toda certeza e eficazmente, aplica e comunica a salvação a todos aqueles para os quais Ele adquiriu”. 
O envio de Cristo ao munto foi para satisfazer a justiça do Pai, para todos aqueles que o Pai lhe deu, ou seja, a expiação é definida e limitada a estes.
Antes de abordarmos o assunto totalmente reconheço que nem todos tem uma boa noção do que é expiação, portanto farei uma breve apresentação: Expiação se refere diretamente á obra de Cristo na cruz. Nós somos criminosos por transgredir a lei de 
Deus no Éden e passivos de condenação (Rm 6:23) e Cristo sofreu esta pena por nós apaziguando a ira de Deus que está sobre o homem por ser pecador (Rm 1:18; Ef 2:3). George Ladd explica a expiação através de algumas palavras:
 Sacrificial: Pulo vê a morte de Cristo como uma morte sacrificial, em vária refências ele associa a morte de Cristo ao ritual e ao conceito de Sacrifício do A.T.
Vicária: Cristo não morreu meramente como um evento na hisória, e tampouco por causa própria. Ele morreu por nós.
Substitutiva: A morte de Cristo foi no lugar dos transguessores.
Propiciatória: A morte de Cristo não está só relacionada ao pecado e ao homem mas também a Deus. Essa palavra significa acalmar uma pessoa que foi ofendida, a morte de Cristo acalmou a ira de Deus que foi ofendido pelo pecado do homem satisfazendo-a com sua morte.Essa palavra significa acalmar uma pessoa que foi ofendida, a morte de Cristo acalmou a ira de Deus que foi ofendido pelo pecado do homem satisfazendo-a com sua morte.
Redentora: Cristo nos comprou na Cruz do calvário, onde deixamos de ser escravos do diabo e do pecado para pertencer a Cristo.
Triunfante: Outra causa da Expiação foi o triunfo de cristo sobre a morte, sobre o diabo e etc...
Agora que temos uma noção básica do que é a doutrina vamos ver os pontos que se são discordados do calvinismo:
1) Cristo na Cruz garantiu a Salvação ao invés de possibilitar.
Geralmente ouvimos isso em pregações “ que Cristo tornou possível a salvação”, a terminologia que encontramos na Escritura é completamente diferente da dos pregadores arminianos, vejamos:
1. Lucas 19: 10. "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia
perdido." - Portanto, está claro que Deus pretendia realmente salvar os
pecadores perdidos mediante a morte de Cristo.
2. Mateus 1 :21. " ... e chamarás o seu nome Jesus, porque ele salvará o seu povo
dos seus pecados." - Portanto, tudo que fosse realmente necessário para salvar
os pecadores deveria ser feito por Jesus Cristo.
3. I Timóteo 1: 15. " ... que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores."
- Isso não nos permite supor que Cristo veio simplesmente para possibilitar a
salvação dos pecadores; pelo contrário, insiste no fato de que Ele veio
realmente para salvá-las.
18
4. Hebreus 2:14-15. " ... para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da
morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que ... estavam ... sujeitos à servidão."
- O que poderia ser mais claro que isto? Cristo veio realmente para salvar os
pecadores.
5. Efésios 5:25-27. ". " como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se
entregou por ela, para a santificar ... para a apresentar a si mesmo igreja
gloriosa ... " - Penso que não é possível dizê-lo mais claramente do que o
Espírito Santo o fez nesta passagem; Cristo morreu para purificar, santificar e
glorificar a Igreja.
6. João 17:19. " ... me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam
santificados na verdade." - Será que aí não estamos ouvindo o próprio Salvador
declarar o propósito de Sua morte? Ele morreu a fim de que alguns (não o
mundo todo, visto que Ele não orou por isso - versículo 9) fossem realmente
santificados (ou feitos santos).
7. Gálatas 1:4. "O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar ...”
- Afirma aqui, outra vez, o propósito da morte de Cristo como sendo realmente
para nos libertar.
8. II Coríntios 5:21. "Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para
que nele fôssemos feitos justiça de Deus." - Portanto, entendemos que Cristo
veio para que os pecadores pudessem tornar-se justos (John Owen).

2) A morte Vicária de Cristo foi apenas por seus eleitos.
Existem vários textos que especificam por quem Cristo morreu:
Cristo morreu.
 Estes são geralmente descritos como "muitos", por exemplo: Isaías 53: 11;
Marcos 10:45; Hebreus 2:10. Mas estes "muitos" são descritos em outros lugares como:
1- As ovelhas de Cristo Jo. 10:15
2- 2-  Os filhos de Deus Jo. 11:52
 3-  Os filhos que Deus Lhe deus Jo. 17:11; Heb. 2:13
 4- Seus escolhidos Rom. 8:33
 5- O povo que Ele antes conheceu Rom. 11:2
 6- Sua igreja At. 20:28
 7- Aqueles cujos pecados Ele levou Heb. 9:28
Inferência lógica: Os decretos de Deus não mudam, são eternos soberanos e eficazes. Se Deus resolveu alguma coisa quem o pode dissuadir? Tudo que ele deseja isso fará (Jó 23:13).  O meu conselho permanecerá de pé, farei a minha vontade ( Is 46:10). Com base nisso como afirmar que Deus queria salvar todos se nem todos serão salvos? Teremos que apagar textos como esses da Bíblia? Ou assumir que Deus nunca quis salvar a todos? Pensemos...
3) E o que fazer quando Cristo aplica os termos “ Todos” e “Mundo”?
a) A palavra mundo  quando se refere por metonímia aos habitantes. Segundo Ladd  um estudo desses versículos mostra que a palavra grega “Kosmos” não se refere a todos os seres humanos, mas sim a humanidade de uma forma geral. 
- Deus ama o mundo Jo 3:16.
- Enviou seu filho para salva-lo Jo 3:17.
-Jesus é o salvador do mundo 4:42.
. Jesus tira o pecado do mundo Jo 1:29.
A palavra mundo não pode significar todos os indivíduos do mundo, pois  todos estão tem pecado (Jo 1:29)? Todos estão salvos (4:42)?
Ai do mundo por causa dos escândalos Mt  18:7. Imagina se esse texto se referisse a todos os indivíduos! Confira também: 
Lc 2,1; Jo 1.10; At 11.28;
19.27; 24.5; Rm 1.8; Cl 1.6.

A palavra todos quando usada referente à salvação quer dizer que Cristo não morreu apenas por Judeus, mas por todos Judeus e Gentios, e não deve significar todos os indivíduos existentes Owen analisa: Há algumas considerações gerais sobre a palavra "todos" que devem ser feitas em
primeiro lugar. Ela tem dois significados em seu uso normal. Pode tanto significar "a
totalidade de" como "os de toda a espécie". Posso afirmar que talvez uma em cada dez
vezes, ela significa "a totalidade de" nas Escrituras! O uso mais comum da palavra é com o
sentido de "os de toda a espécie". Por exemplo:
Lucas 11 :42. As palavras verdadeiras aqui são "toda a hortaliça". Mas os tradutores
as têm traduzido "todas as espécies de hortaliças", o que acreditamos estar correto.
5
João 12:32. Obviamente, não é toda a raça humana que será atraída para Cristo.
"Todos", nesta passagem, só pode significar homens de toda a espécie.
Atos 2:17. E claro, por experiência, que o Espírito Santo não é derramado sobre toda a raça humana. "Toda a carne" só pode significar, aqui, pessoas de toda a espécie - não apenas judeus.
Atos 10: 12. Aqui, novamente, as palavras usadas são: "todos os animais", mas os tradutores têm corretamente traduzido "toda a espécie de animais".
Destes exemplos (e poderíamos usar muitos outros) podemos tirar três conclusões:
. A palavra "todos" frequentemente significa" alguns de toda espécie".
A palavra "todos" pode significar "todos de uma determinada espécie". Em
Romanos 5: 18, "todos os homens" obviamente significa "todos os' homens
justificados" ou "todos os crentes".
 Quando o Velho Testamento profetiza que "todas as nações" se converterão, o
Novo Testamento mostra que isso significa todos os eleitos de Deus de todas as nações.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Série os cinco pontos do calvinismo: Eleição incondicional.




Eleição incondicional é a escolha soberana de Deus á alguns homens antes da fundação do mundo para a salvação, por incondicional entendemos que Deus não considerou absolutamente nenhum pré-requisito do homem para tal escolha, pois como foi estudado no artigo anterior, o homem não tem capacidade para produzir algo que agrade a Deus.

1)     Eleição

A doutrina da eleição é muito abordada na Escritura, começaremos com Efésios 1:4-6 que diz: como também nos elegeu nele antes da função do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade.
O texto nos mostra algumas verdades:1)Deus elege o homem e não o contrário, 2) essa eleição foi antes que tudo existisse, 3) O propósito e resultado da eleição não é uma vida de promiscuidade por já serem eleitos, mas resulta santidade e uma vida irrepreensível diante de Deus, 4) Santidade é o resultado da eleição e não um pré-requisito para tal, 5- Essa escolha é segundo a bondade de sua vontade e não da bondade dos eleitos  para louvor e glória de sua graça, pela qual no fez agradáveis a si no amado.O grande fim da eleição é a salvação do homem como afirma Paulo 2Ts 2:13 ...Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação... O termo escolher ou eleger acabou dando nome ao povo de Deus de tanto ser usado na Escritura: ... mas, por causa dos escolhidos que escolheu... Mc 13:20.

2)      Incondicional

Incondicionalidade em Romanos 9: Romanos 9 tem sido interpretado por arminianos como escolha de grupo e não de indivíduo, mas isso é uma falta de consideração ao contexto, pois o problema que Paulo estava resolvendo indica o contrário. Paulo começa o capitulo mostrando grande tristeza pelos judeus portadores de tantos privilégios terem rejeitado o Cristo ( 9:1-5). E o grande questionamento era se por isso a palavra de Deus havia falhado (9:6). Paulo começa a explicar que não, e argumentar que nem todos que são descendência de Abrão são todos filhos dele (ou da promessa) (9:6-8). Para defender tal afirmação ele cita exemplos como o de Isaque e Esaú que eram ambos filhos de Abraão e mostra que ele ( Deus) amou a Isaque e aborreceu a Esaú, e disse que o maior servirá o menor, e no final afirma que Deus tem misericórdia de quem ele quer, para ilustrar que Deus se compadeceu dos descendentes de Abraão que ele quis e endureceu os que ele quis, por isso muitos descendentes de Abraão rejeitaram a Cristo, e não pelo fato da palavra de Deus ter falhado com Deus tendo sido rejeitado por muitos judeus (Rm 9:9-16).  Concluindo a questão da individualidade, Romanos 9 foi escrito para mostrar aos Judeus de Roma que muitos descendentes de Abraão rejeitaram a Cristo porque ele não se compadeceu deles, ao invés  dos Judeus terem usado seu “livre arbítrio para tal (Rm 9:16). A incondicionalidade aparece no texto quando Paulo faz afirmações como: porque não tendo eles ainda nascido, nem feito bem ou mal ( para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama) 9:11.
Leia também :9:16; 21.

Incondicionalidade em Efésios 1:4-6, 11: Onde a causa da predestinação dos eleitos é a bondade (beneplácito) de Deus vrs 5, e  conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho de sua vontade vrs 11.
Outro grande argumento a favor da eleição incondicional é a depravação total que mostra que o homem não tem nada que dê motivos para Deus o salvar. Veja  http://dosesdeteologia.blogspot.com.br/2016/04/serie-os-cinco-pontos-do-calvinismo_14.html.

Argumentos contra a incondicionalidade:
Deus conheceu antes de predestinar Rm8:29: O termo conhecer não significa prever boas obras, ou resposta de Fé como por exemplo Gn 4:1 onde se refere a relação sexual, em Am 3:2 como escolha. No N.T també se refere a relação sexual em  Mt 1:25. Segundo grandes Exegetas e dicionaristas o termo se referem em Rm8:29 a uma escolha baseada em um sentimento afetivo, que é o significado que tal palavra carrega desde o A.T. Existem outros fatores que não serão citados por questão de extensão.



Deus escolhe baseado na Fé: A Bíblia deixa claro que a Fé é um dom que vem de Deus (Ef 2:8), Hb 12:2 diz que Jesus é o autor e consumador da fé, no sentido de que ele é quem cria a fé no homem e mantém até o fim. Outro argumento é que a eleição é anterior a fé, e só tem fé quem foi destinado para tal ( At 13:48).

 Que este artigo possa ter ajudado, Graça e paz.

Série Os cinco pontos do calvinismo: Depravação total.


John Piper diz que quando falamos sobre depravação do homem nos referimos a “condição natural do homem, sem qualquer graça exercida por Deus para restringir ou transformar o homem”. Estar totalmente depravado é estar totalmente inabilitado espiritualmente de se achegar a Deus. O homem totalmente depravado não enxerga, não entende e não pratica a verdade do evangelho, e pior ainda, ele está impossibilitado de fazer tais coisas por causa do pecado que reina sobre tal. Calvino diz o seguinte sobre o estado do homem: “As Escrituras atestam que o homem é escravo do pecado; oque significa que seu espírito é tão estranho á justiça de Deus que não concebe, deseja, nem empreende coisa alguma que não seja má, perversa, iníqua e impura; pois o coração, completamente cheio do veneno do pecado, não pode produzir senão frutos do pecado. Não pensemos, entretanto, que o homem peca como que impelido por uma necessidade incontrolável; pois peca com consentimento de sua vontade continuamente e segundo sua inclinação. Mas, visto que, por causa da corrupção do seu coração, odeia profundamente a justiça de Deus; e, por outro lado, atrai para si toda sorte de maldade, por isso afirmamos que não tem o livre poder de eleger o bem ou o mal – que é oque chamamos de Livre arbítrio.”
Tal ensino está de acordo com as confissões reformadas, como a Escocesa, a confissão dos países baixos, Catecismo de Heidelberg e nas confissões Helvética e de Westminster. De todas, minha preferida é a descrição da última das citadas que diz assim:“ Por esse pecado (original) eles decaíram da sua retidão original e da comunhão com Deus, e assim se tornaram mortos em pecado inteiramente corrompidos em todas as suas faculdades e partes do corpo e da alma. O homem caído em seu estado de pecado perdeu totalmente o poder de vontade quando a qualquer bem espiritual que acompanhe a salvação, de sorte que um homem natural, inteiramente adverso ao bem e morto no pecado, é incapaz de, pelo seu próprio poder, converter-se ou mesmo preparar-se para isso”.
Mesmo diante de Calvino e das confissões de Fé, e até de outros grandes teólogos que poderiam ser citados com Edwards e Spurgeon não podemos aceitar tal doutrina por estar em confissões famosas e bem elaboradas, mas devemos analisar se a depravação total é uma doutrina bíblica ou não e é isso que pretendemos fazer neste artigo onde veremos a situação do homem sem nenhuma graça de deus exercida sobre ele.

1)      Toda a humanidade está em pecado, pois todos nós somos herdeiros pecado de Adão que era a cabeça e representante da humanidade.

Quando Deus testou Adão no Éden ele estava testando toda humanidade, pois Adão era o representante da humanidade, então a sua escolha era correspondente a de todos nós. Primeiro vamos ver as evidências Bíblicas de que toda humanidade está em pecado:
Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire apedra;Rm 8:12 porque todos pecaram; Rm 3:10 Não há um justo se quer e etc...
O pecado do homem vem desde o seu nascimento como diz Davi no salmo 51:5 após ter se relacionado com Bate Seba e ser repreendido pelo profeta Natã: Eu nasci na iniquidade em pecado me concebeu minha mãe. De onde vem isso tudo? Por que somos assim e nascemos assim? Qual é a origem disso? Paulo responde em Romanos 5:12 por um só homem entrou o pecado no mundo; 15 pela ofensa de um só morreram muitos; 18 por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação. 19 Pela desobediência de um só muitos se tornaram pecadores... Adão é a origem de todo o pecado, o ato dele era o nosso, a escolha dele foi a nossa, o fato de sermos todos pecadores e a causa disso ter sido Adão é inquestionável.

2)      Os efeitos do pecado sobre o homem são piores do que pensamos.

Será que somos bonzinhos? Que somos pessoas maravilhosas e admiráveis diante de Deus? Temos vistos tantas músicas no meio evangélico hoje que o nosso ego se eleva as alturas. Mas qual será a visão bíblica do homem? Veremos isto agora!
Mortos: Efésios 2 diz que antes de Deus nos dar vida nós éramos mortos em nossos delitos e pecados. Paulo usa para ilustrar a nossa condição natural devido ao pecado um morto, não um doente, não um meio morto e nem um coma, mas por que será? Paulo quis ilustrar que o efeito do pecado no homem é total para matar o homem com relação a Deus. O cérebro não funciona tornando incapaz de entender a verdade do evangelho e aceita-la, o coração não bate impedindo o homem natural de qualquer afeto por Deus, o sistema nervoso desligado impedindo qualquer reação ao evangelho. Um morto não reage a mais suave música nem ao estrondo de um trovão e nem se quer a uma paulada! Essa é a condição do homem sem a graça vivificadora do homem. No verso dois Paulo afirma que os Efésios ante de terem vida andavam de acordo com o curso do mundo, segundo Satanás. O homem natural anda de acordo com o mundo, ama e pratica o pecado, e por mais religioso que pareça por fora, o engano e hipocrisia reina em sua vida. No vrs 3 Paulo afirma que o homem morto anda segundo ás inclinações da carne. Como pode a carne se inclinar pra Deus? Querer Deus? Amar a Deus?  E por tudo isso o homem é filho da ira de Deus(vrs 3).
Satanás tem cegado e impedido os homens de enxergarem a Deus (2Co 4:4), O homem não pode aceitar as coisas do Espírito de Deus (1 Co 2:14), nem ouvir a Deus ( Jo 8:43). Jesus em João 6:44 afirma que ninguém pode ir até ele! Será que porque ele não deixa? Ou é porque o homem não tem capacidade para isso? Paulo responde remRm 3:11 dizendo “ não há quem busque a Deus, não há quem entenda!, 12 todos se extraviaram, 18 Não há temor a Deus diante dos homens”.
Escravos do Diabo: 2Tm 2:26 diz “ tendo, sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade: O homem sem a libertação de Deus está preso pelo diabo para fazer a vontade dele, essa é a condição do homem natural, um escravo que faz a vontade do Diabo. Como um escravo do Diabo vai escolher Deus se ele faz a vontade do Diabo?
Mau em seus desígnios íntimos do homem desde a sua mocidade: Essa é a forma que Deus descreve o homem em Gn8:21. Os desejos e propósitos do homem são ruins, a Escritura é nítida nisso, e não deve ser negada essa realidade. Mas o movimento humanista cristão continua insistindo que o homem pode escolher a Deus, pois sua natureza não se inclina para tal fim! Essas palavras não são de Calvino, nem de confissão nenhuma, mas do Próprio Deus!Rm8:7,8 afirma que o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeita a lei de Deus e NEM PODE ESTAR, portanto os que estão na carne NÃO PODEM AGRADAR A DEUS! Quero deixar uma pergunta retórica do próprio Cristo: Colhem-se, por ventura uva dos espinheiros? Paulo em Rm7:18 diz “Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum”. A depravação total não é uma invenção de Calvino, mas uma doutrina Bíblica!

Deus vos abençoe, graça e paz!

Série Os Cinco Pontos do Calvinismo - A História



Vou postar breves estudos sobre cada ponto do calvinismo separado e mais detalhado do que meu artigo “ O que é calvinismo?” onde apresento de forma resumida o significado dos pontos, neste artigo falarei sobre a história do calvinismo.
Diferente do pensamento popular, a História não começa com Calvino, mas começa com a Bíblia, depois com Agostinho, Tomás de Aquino, Lutero e Calvino, nosso foco principal será saber como foram organizados assim esse resumo em cinco pontos, vejamos:
Na maioria dos países baixos no Séc 17, tanto no sul (atual Bélgica) como no norte (atual Holanda) a maioria dos cristãos seguiam os ensinamentos de Calvino, a ponto de em 1580 a Igreja reformada (que era o nome) se tornou a religião reconhecida pelas autoridades civis na Holanda. A origem dos cinco pontos começa neste contexto com Jacob Armínio teólogo holandês e pastor da Igreja Reformada em Amsterdã nomeado, em 1603, professor de teologia na Universidade de Leiden, a mais antiga e mais famosa universidade da Holanda.
Em 1604 apresentou uma tese sobre predestinação e eleição divina que dizia que.o decreto eterno de Deus significa que ele aceita em sua graça aqueles que se arrependem e creem. Assim a salvação depende da presciência de Deus. Armínio pensava que sua tese estava em coerência com a confissão belga (usada na época pela igreja reformada), mas um homem chamado Francisco Gomaro discordava que era coerente, e também do entendimento de Armínio da predestinação, então no mesmo ano ele apresentou uma tese afirmando o contrário. A controvérsia saiu da universidade e se tornou nacional, com os dois professores conseguindo adeptos em todo país, pastores, governantes e pessoas comuns.. A controvérsia era confessional, porque Gomaro e outros acusavam Armínio de contradizer a Confissão Belga e o Catecismo de Heidelberg, o catecismo oficial da Igreja Reformada da Holanda. Os estados gerais autorizaram permissão para um sínodo nacional em 1606, mas os arminianos pediram uma revisão das confissões complicando a situação, enquanto Gomaro exigia que tudo fosse resolvido com base no Catecismo de Heidelberg e na confissão de fé Belga. Em 1609 com a morte de Armínio os seus discípulos publicaram um documento chamado de “Remonstrância”, com esse documento os arminianos tentaram ganhar as autoridades da província mais poderosa,a Holanda, logo respondida pela contra remonstrância publicada pelos gomaristas. Os gomaristas chegaram até a serem perseguidos pelos arminianos.Deus usou o príncipe Maurício de Orange, Conde de Nassau, segundo filho de Guilherme de Orange, para salvar a situação. (Ele era primo em segundo grau do outro Maurício de Nassau, que foi governador do Brasil Holandês.) O príncipe viu claramente o perigo de a República perder sua unidade. Usando sua influência como governador-geral da República, ele começou a quebrar o poder das autoridades arminianas.
Porém o passo decisivo foi dado em 1617, quando Maurício e toda a sua corte passaram a frequentar o culto numa igreja gomarista.
Em resumo, Maurício desarmou as tropas dos magistrados arminianos e depôs as autoridades arminianas.
Em outubro de 1617 os Estados Gerais, a mais alta autoridade do país, decidiram convocar um sínodo nacional. Os sínodos provinciais e as Igrejas de língua francesa elegeram seus delegados, num total de 39 pastores e 19 presbíteros o sínodo aconteceu de 13/11 1618 a 1619 na cidade de Dort, a mais antiga da Holanda.

Que esse artigo possa ter lhe ajudado, Graça e paz!

segunda-feira, 11 de abril de 2016

O milênio e suas interpretações

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Hoje existem tantas escolas de interpretação milenistas que ficamos perdidos ao escolher alguma, ou até de enumera-las e defini-las, deixo aqui pra vocês um resumo das principais. 
Pré-milenismo Histórico: Esta foi à primeira escola de interpretação da igreja defendida, o qual é o motivo para o nome desta escola. O Pré-milenismo histórico e caracterizado por uma interpretação futurística do reino milenar que segundo tais ocorrerá após a segunda vinda de Cristo e também por serem pós-tribulacionistas. Eles entendem que satanás será totalmente privado de suas atividades durante um grande período de tempo que não precisará ser exatamente de mil anos literais, pois o número é simbólico. O reino é terreno mais não tem caráter judaico, ele será sobre os Cristãos ressuscitados e nações sobreviventes da grande tribulação. O pré milenismo tem tendências de crescimento em períodos ruins da história, de perseguições como nos primeiros séculos da igreja e guerras como nas duas grandes guerras.
Amilenismo: Esta escola entende o milênio como um período de indeterminado tempo, pois não são literalistas na sua interpretação dos mil anos, e também entendem que este reino é no céu e não na terra, e é para os Cristãos mortos na atual dispensação. Tal escola não depende muito de contexto político e social, pois entende que a história tem seus altos e baixos em períodos diferentes em lugares diferentes. Os amilenistas costumam ter divergência entre si, se vai haver uma grande tribulação e um anticristo único no final da história ou,  e também se as duas ressurreições citadas no texto são da mesma natureza ou não.
Pós-milenismo: A escola pós-milenista entende que Cristo voltará após o milênio, num momento em que a terra estará desfrutando de paz e felicidade com governadores justos e honestos. Creem que tudo isso é resultado da pregação do evangelho que conquistará o mundo inteiro. Obviamente tem tendência a crescer em períodos de avivamento, praticamente desapareceu após as duas grandes guerras.
Pré-milenismo dispenssacionalista: Esta crê em um milênio literal e futuro onde sua sede será em Jerusalém e terá caráter Judaico com sacrifícios e um templo reconstruído. De todas foi a última a aparecer (Séc 19). Para tais Deus têm dois povos, Israel e a Igreja, e a igreja não enfrentará a grande tribulação que segundo eles durará sete anos.

Que este artigo possa ter te ajudado.  Graça e paz!




Existem apóstolos hoje?



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A igreja hoje tem presenciado um acontecimento chamado de nova reforma apostólica, alguns homens estão aparecendo por aí se denominando apóstolos de Cristo como foram Paulo, Pedro, João e outros. C. Peter Wagner, missiologista, autor popular e ‘’apóstolo’’ diz que agora há “um reconhecimento generalizado de que o exercício do apostolado não foi apenas um fenômeno dos primeiros séculos da história da igreja, mas que também está funcionando no corpo de Cristo hoje”. Ele também define este movimento como nova reforma apostólica, que na verdade não é nova, pois no primeiro século muitos já cobiçavam tal nome e se autodenominavam apóstolo, não é reforma, pois a reforma foi contra o dom apostólico (papado).
Além do nome estar incorreto o conteúdo do movimento também, pois lendo ás escrituras percebemos que hoje não podem mais haver apóstolos, pois eram uma função específica para época, analisemos:
1) Os apóstolos do novo testamento tinham visto Cristo ressuscitado, e ver Cristo era não só algo comum entre eles (1Co 15:7), mas um pré-requisito para ser um deles, como vemos na escolha de Matias em  At 1:21,22. Outro texto que ilustra isso é Paulo em 1Co 9:1ao defender seus direitos de apóstolo ter usado como argumento o fato de  ter visto Cristo pessoalmente. É claro que existem muitos por aí afirmando terem visto Cristo, mas tais relatos não podem ser verificados e não são inspirados e infalíveis como as Escrituras.
2) Paulo foi o último dos apóstolos, em 1 Co 15:8 o próprio Paulo afirma ser um apóstolo nascido fora de tempo, reconhecendo que o normal era ser eleito entre os doze por Cristo, e se viu como uma exceção.
3)Os apóstolos foram o fundamento da igreja, Ef 2:20 seguindo a ilustração de que a igreja é um edifício em construção os apóstolos são chamados de Fundamento, ou seja a base da igreja, pois eles lançaram as doutrinas e abriram as primeiras igrejas, com o fundamento lançado e a missão de dar fundamento doutrinário a igreja cessou-se também o “cargo”.
Obs... Essa era avisão dos pais da igreja como Irineu e Lactâncio.

4) Operavam sinais miraculosos: Paulo defendendo seu apostolado em 2 co 12:12, afirma que os sinais do seu apostolado eram sinais, prodígios e maravilhas operados por ele, algo que hoje nós não vemos mais. Pessoas que têm o mesmo “ poder de operar”  constantemente que os apóstolos tinham não são mais encontradas por aí, oque temos muito hoje são farsas.
Que este breve artigo possa ter lhe ajudado, graça e paz.





O que é Calvinismo (resumido e simplificado)?



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Este nome que assusta muita gente “Calvinismo” e gera muita resistência entre as pessoas, tanto cristãs como não cristãs por aparentar ter uma visão maligna caráter maligno de Deus e ter sido inventada pelo reformador Francês do Séc XVII João Calvino. Até eu mesmo confesso que já pensei muito isso e até achava medonha a figura de Calvino em alguns quadros, só que não mais que sua teologia que supostamente como pensam muitos foi inventada por ele.  O objetivo deste artigo não é defender Calvino, mas sim mostrar do que se trata o Calvinismo, em meio de tantas coisas que se falam sobre, me lembro de um professor de história de quando eu estava no ensino fundamental falava: Calvino ensinava que Deus predestinava (ativamente no caso) as pessoas para o inferno e que por isso Deus era um tirano malvado. Vou como um Calvinista resumir neste artigo oque realmente é o Calvinismo e tirar algumas dúvidas.
Calvinismo é uma cosmovisão (forma de enxergar o mundo e entender a vida) Cristã que é resumida em cincopontos apelidados pelo acróstico TULIP,(suas iniciais em inglês) que em português são: 1- Depravação Total do Homem 2- Eleição Incondicional 3- Expiação Limitada 4 – Graça Irresistível 5 – Preservação dos Santos. Antes de entendermos oque significa cada ponto precisamos saber algo muito importante: Calvino não foi o criador dessas doutrinas, elas só receberam esse nome por terem sido popularizadas por ele, Calvino não foi o primeiro e muito menos foi quem mais escreveu sobre o assunto. Homens como Agostinho de Hipona, Tomás Aquino e até Lutero (apesar de serem divergentes em algumas coisas)defendiam uma doutrina de Depravação total do homem e de predestinação como Calvino, inclusive Lutero escreveu um livro que ele mesmo considerou sua mais importante obra refutando o Livre Arbítrio chamada A escravidão da vontade.

Entendendo os Cinco pontos:

1-      Depravação Total: Este ponto é referente à natureza caída do homem que depois da queda de Adão o pecado o impede de buscar, querer ou até mesmo de entender Deus verdadeiramente em seu estado natural e decaído sendo, impossível escolher Deus por atitude própria, entendendo o homem como um transgressor da lei de Deus rebelde debaixo de condenação.
2-      Eleição Incondicional: Deus escolhe os homens para salvação sem considerar nenhum pré-requisito neles por eles não terem nenhum, estarem debaixo do pecado e corrompidos, mas simplesmente por um ato de Graça.
3-      Expiação Limitada: O Sacrifício de Cristo substitutivo na Cruz para pagar a pena dos pecadores condenados ao inferno e salvá-lo é para efetivar (garantir a salvação), e não apenas para possibilitar. Em segundo lugar não foi por todos os indivíduos da história que existiu, existe e irá existir na terra, mas somente pelos qual Deus elegeu.
4-      Graça Irresistível: A salvação operada por Deus na vida do homem não pode ser rejeitada ou resistida pelos seus eleitos.
5-      Preservação dos Santos: Deus garante que seus eleitos terminem sua caminhada cristã firmes na graça Deus.Ou seja, o eleito não pode cair do estado de graça.

Calvinismo e a predestinação: Lendo os cinco pontos e seus significados, logo se entende que Deus predestina o homem para a salvação.

Mas e o não salvo? Ele foi predestinado para o inferno? A resposta é não, tanto que não lemos isso em nenhum ponto. O que se acontece com os condenados é que Deus os deixa no seu estado de pecado não tendo obrigação de fazer algo por eles, sendo eles culpados, traidores e rebeldes. Esse ato de ignorar ou deixar pra lá é chamado de preterição.

Calvinista não deve pregar o evangelho já que está tudo predestinado?
Deve sim, pois se entende que a pregação é o meio para alcançar os eleitos.
Então não se deve pregar a toda Criatura como ordenou Jesus, mas somente aos eleitos? Devemos pregar a toda criatura sim, pois não sabemos quem é eleito e quem não é.
Deus vos abençoe e que eu possa ter esclarecido o que é o Calvinismo e até oque não é.
Obs... Apesar de ser Calvinista não escrevi este artigo para defender, mas apenas para mostrar oque realmente é e desfazer alguns mitos sobre o tema.
Graça e paz!




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