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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Série os cinco pontos do calvinismo: Perseverança dos santos.



O quarto ponto do calvinismo é referente ao fato de que os eleitos não vão cair da graça, mas Deus em sua soberania e poder trabalha na sua onipotência para preservar através da perseverança os seus eleitos.

1) A necessidade da perseverança para  a salvação:

Como de comum entre todos os cristãos está a necessidade de permanecer no caminho da verdade, em comunhão com Cristo e sua igreja, Paulo em 1 Co 15:1,2 menciona a perseverança dos coríntios no evangelho que ele os havia ensinado pelo qual eles eram salvos, isso mostra que sem a perseverança não há salvação. Podemos passar a vida inteira obedecendo a Deus, estudando a bíblia  frequentando trabalhos da igreja, mas se no fim terminamos em uma vida promíscua e pecaminosa iremos para a condenação eterna.

2) Deus garante a perseverança dos eleitos:

Existem inúmeras evidências de que os eleitos não podem perder sua salvação por  garantia divina, vejamos alguns:

a) Evidências textuais.
Encontramos em algumas afirmações de Jesus  nos evangelhos como em Jo 6:38,39 onde ele afirma que veio fazer a vontade de seu Pai,  logo após afirma que a vontade de seu pai é que nenhum dos que o Pai lhe deu se perca, mas que ele o ressuscite no último dia. Afirmar que os que são de Cristo podem abandonar o evangelho  sem que volte (como o filho pródigo) é afirmar que Cristo desobedeceu ao Pai negando sua perfeição. No mesmo capítulo  no vrs 44 vemos que quem o Pai traz até Cristo é ressuscitado no último dia evidenciando novamente a garantia do futuro do eleito.
Ao referir-se a sua igreja como um rebanho de ovelhas Jesus diz que ninguém às podem tirar da sua mão porque o Pai que às o deu é maior que todos (Jo 10:28,29). Alguns tentam tirar a força do argumento afirmando que as ovelhas podem sair se quiserem, mas isso desconsidera o contexto que diz que as ovelhas o seguem (Cristo) e de modo nenhum seguirão estranho (Jo 10:1-5).

b) Evidências por inferência.
A doutrina da eleição, predestinação, e expiação eficaz evidenciam a permanência do Cristão em Cristo, pois o destino dos predestinados é a salvação (RM 8:28-30) e da eleição o fim é a salvação (2 TS 2:13).
Encerrando deixo como explicação para casos de apostasia 1 Jo 2:19.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

O Cristão Água: uma análise crítica





Uma das propriedades da água é não ter cor, cheiro nem gosto e existe uma tendência cristã hoje semelhante, sem identidade que abre mão das suas confissões para como a água agradar todo mundo. Afinal conhece alguém que não gosta de água? A baixo estarei fazendo uma análise deste movimento.

1) Características

Esse tipo de cristão geralmente abomina debates, se omite em suas opiniões e usa como justificativa ser da paz e do amor. Considera debates como algo que não edifica e não traz crescimento, a cada grupo que ele se insere ele tenta aderir a forma como a água em um copo ou garrafa, o objetivo dele é ser popular e carismático para atrair multidões a si, atitude essa que é vista em uma grande parte da liderança evangélica, pois tais se dizem além de serem da paz e do amor serem eticamente corretos.

2) De onde vem essa postura? Da Bíblia?

A resposta é não, essa postura é secularista, e incompatível com a Bíblia como veremos mais a baixo, mas então de onde vem? Em minha análise essa postura é fruto do contexto social onde a verdade tem sido relativizada e a idéia de absolutos e universais estão sendo colocados de lado, e isso gera o deixar debate de lado já que cada um tem sua verdade, os cristãos estão caindo no mesmo ao não debaterem, e o agradar todo mundo que gera esse não opinar, abrir mão de quem eu sou pra ser quem querem que eu seja vem da numerolatria, idéia de querer ter muitos membros na igreja a qualquer custo, querer atingir fins numéricos sem meios corretos, uma ideia que vem de Maquiavel e não de Cristo. Então essa postura do Cristão água não tem nada relacionado com paz e amor, mas sim com a falta de amor ao conhecimento, a verdade e principalmente as pessoas, pois quem ama corrige.

3) Como eram Jesus e os apóstolos?

Jesus nunca foi o carismático nem o agradável que não opinava e estava sempre mudando pra agradar os outros, ele não era político, mas compromissado com suas ovelhas e com seus ideais doutrinários, amava sim e por isso corrigia. Se opôs ao sistema religioso da época e foi condenado por isso, poucos o seguiram e muitos que o seguiram o abandonaram pela dureza do seu discurso. Jesus corrigia seus discípulos e abria os olhos deles para verdade. Os apóstolos tinham a mesma postura e se Jesus ou os apóstolos se disfarçassem e entrassem em uma igreja como membros seriam chamados de radicais sem amor e anti éticos, pois chamavam os falsos profetas de lobos, Jesus quebrou o comércio em frente o templo e Paulo em suas epístolas até citava nomes oque hoje não pode, pois é anti ético.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Música Cristã ou música gospel? Por Daniel Gummi A. De Souza (Músico e seminarista).


Dou graças ao meu Deus pelo privilégio que ele me concedeu de ser criado por uma mulher temente a Deus e uma amante incondicional da boa música. Fui criado na igreja Batista, onde todos já sabem, prima pela pregação da Palavra e pela música cristã de qualidade. Ou seja, eu fui criado ouvindo música de qualidade em minha casa e em minha igreja, e isso me levou a ser um homem muito exigente no que tange a música de qualidade, bem como a pregação de qualidade. Cresci cantando e tocando músicas cristãs que exigiam estudo para serem  executadas e e muito conhecimento Bíblico para serem escritas.
Durante um período de aproximadamente cinco anos, congreguei em uma igreja bem diferente daquela em que fui criado, e foi justamente nessa nova igreja, que fui apresentado a um novo tipo de música cristã: que não exige muito estudo para ser executada e nem muito conhecimento bíblico para ser escrita. Pouco estudo para ser executada porque sua harmonia geralmente é composta por aproximadamente quatro acordes; pouco conhecimento bíblico porque, em sua grande maioria, as músicas não falam das verdades bíblicas, tão pouco colocam Jesus como centro,mas sim, as vontades do ser humano pirracento e cada vez mais voltado para o seu próprio umbigo.
Lembro-me muito bem do dia em que retornei a minha antiga igreja: logo ao me sentar, fui surpreendido pelo som de um piano muito bem executado, acompanhando um dos vários hinos clássicos, comuns a igreja batista; meus ouvidos se alegraram, meu corpo se arrepiou e quando eu menos esperava, fui tomado por um choro quase compulsivo. Seria um choro pela dor do arrependimento de um dia ter saído dali? Seria o choro por lembrar das decepções que vivi na outra igreja? Com certeza, não! Era o choro da alegria e da saudade que sentia daquele hino e de tantos outros que cresci cantando e ouvindo e que por cinco longos anos fui privado de ouvi-los! Era o choro de alegria por me lembrar de momentos maravilhosos de minha vida! Era o choro da saudade que eu tinha e ainda tenho de ouvir a minha querida mãe (que hoje está nos braços  do Pai Celeste) cantando hino após hino, enquanto cumpria suas tarefas diária em nossa casa.

Por que falar sobre isso?

Essa foi a maneira que encontrei para mostrar o poder que a boa música exerce sobre nós, seres humanos!
E isso me leva também a me perguntar: o que será dessa nova geração? Me faço esse questionamento pelo fato de ver o quanto a música cristã tem sofrido nos últimos anos. Ela já é mais tão bem executada! Ela já não é mais tão bem trabalhada! Ela já não fala mais sobre as verdades bíblicas! Ela já não mais exalta o nome de Jesus!
Na verdade, quando me refiro a "música cristã", não estou me referindo a "Música Cristã" em si, mas sim, a "música gospel".
Desde os meados dos anos 80 e início dos anos 90, quando esse termo surgiu (gospel) podemos ver o crescimento da música cristã, que a cada dia se tornava mais profissional e trabalhada. Posso citar vários nomes de verdadeiros músicos adoradores que se comprometiam com o estudo da Palavra e o estudo da música, fazendo assim com a música cristã se tornasse cada dia mais, alvo da admiração, não apenas de cristãos evangélicos, mas de cristãos católicos (que regravaram várias dessa canções), bem como do público não "religioso".
Mas infelizmente, no final dos anos 90 e primeiros anos do novo milênio, até os dias atuais, nossos ouvidos, nossas rádios, nossos lares e infelizmente nossas igrejas, foram tomadas por músicas fraquíssimas, com letras sem pé, nem cabeça, que foram transformando aos poucos as mentes das pessoas que frequentavam as igrejas, tornando-as assim em pseudo-adoradores, seguidores apaixonados e extravagantes, dos ídolos "gospel" que desprezaram as músicas até então cantadas em nossas igrejas, que passaram então a serem vistas como "músicas de velhos", e introduziram aos poucos, verdadeiros mantras gospel, que serviam e ainda servem como parte importante da estratégia de "discipular" a nova geração de "verdadeiros adoradores" que cantavam, dançavam, pulavam, caíam, mas eram verdadeiros analfabetos bíblicos.
As músicas que outrora nos levavam a conhecer a Palavra, saíram de cena e deram lugar aos mantras que nos afastam da Bíblia e nos tornam meninos pidões, insatisfeitos e malcriados, que dão ordens em Deus e que querem, porque querem ver todos os seus desejos realizados por Deus, custe o que custar!
A boa notícia, em meio a todo esse caos, é que a verdadeira música cristã nunca deixou de existir! Muito pelo contrário, permanece viva e tão profunda quanto antes! Ela foi apenas ofuscada pelas músicas do movimento gospel e  comércio que existe por trás dele.
Se eu amo a música cristã? Sim, a amo, a admiro e a respeito profundamente, por ser um instrumento importantíssimo de divulgação do evangelho de Cristo e por nos levar a refletir nas Palavra de Deus!
Se eu não gosto da música gospel? Já gostei! Hoje a abomino, pois vejo o mal que tem feito as novas gerações!
Ainda existe opções de boa música no meio cristão! Basta ter um pouco de boa vontade para pesquisar e o mínimo de senso crítico para não sair por ai, cantando heresias, como se fossem verdades bíblicas!
(Daniel Gummi A. de Souza)

Apocalipse 17: A meretriz e a besta de sete cabeças

O livro de apocalipse é muito difícil de ser interpretado, por ter muitas figuras de linguagem difíceis de serem entendidas, pois faz parte de uma literatura que hoje não existe mais, o capítulo 17 por exemplo traz algumas que veremos o significado:
1) Meretriz
O termo significa prostituta, é um símbolo da falsa igreja, da falsa religião que persegue a igreja de cristo, que é vista com muitas riquezas e luxúria  e um cálice de imundícias pois ela promove o pecado, coisas abomináveis a lei de Deus. (17:4-6) Essa figura é entendida como uma falsa religião pelo contraste entre noiva de Cristo que é a igreja e prostituta que seria o oposto ( compare 17:4-6 com 19:7,8), a prostituta persegue a igreja e mata os santos (17:6).
2) A besta
A besta é um símbolo do poder político anti-cristão em toda a história, o povo de Deus sempre foi perseguido pelos governos ímpios, vejamos os detalhes da descrição
a) Sete cabeças (17:9)
As sete cabeças da besta tem dois significados: I- Os sete montes  descritos no texto (17:9 a)  que a meretriz se assenta, isso identifica como a meretriz se manifestava na época de João, que era na cidade de Roma edificada sobre sete montes, lá estava o imperador que se auto denominava um deus, ou seja as sete cabeças eram os sete montes sobre qual foi edificado a cidade de Roma.
II- O segundo significado das sete cabeças são sete reis. Reis no texto não significam pessoas , mas reinos, por exemplo quando falamos de Alexandre o grande lembramos da Grécia, de César Roma etc...
- Cinco caíram: Referência ao Egito, Assíria, Babilônia, Medo- Pérsia e Grécia.
- Um existe: Referência a Roma da época de João que governava o mundo.
- Outro não chegou mas vai durar pouco: Isso segundo W.Hendriksen é uma referência aos governos entre a queda do império romano e a ascensão do governo do anti-cristo.
Referência: Ap 17:10
A história não acaba aí, ainda haverá um oitavo rei que será o anti- cristo, a besta de Ap 13:3 que será um dos reinos que existiram e reviverá para ser destruído (17:11).
B) Os dez chifres (17:11,12)
Chifre  é um símbolo de força e poder, o texto diz que são dez reis que ainda não receberam poder mas recebem autoridade como reis com a besta durante uma hora (pouco tempo)  esses oferecem seu poder que eles possuem a besta (17:13). Os dez reis são poderosos da terra que exercem domínio seja sobre a educação, indústria etc.. como diz Endriksen.
3) A vitória do Cordeiro
O melhor de tudo no cap 17  e no livro não são as especulações de quem é quem, e quando vai acontecer, mas sim a certeza de que Cristo vencerá, que tudo no final vai dar certo, todo poder religioso e politico será destruído por Cristo, encerro com Ap 17:14: Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e O Rei dos reis, vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com ele.
Maranata

segunda-feira, 20 de junho de 2016

As três falsas manifestações de santidade


Santidade é um dos temas mais pertinentes das religiões em geral, quase todas  se não todas buscam um tipo de aperfeiçoamento do homem coletivamente e individualmente. Na busca por tal aperfeiçoamento existem muitos caminhos errados em que as pessoas se perdem vou citar aqui três:
1) Tradicionalismo
O tradicionalismo é uma falsa manifestação de santidade que se caracteriza por segui práticas e costumes adotados por sua denominação, é procurar se moldar de acordo com com o comportamento dos membros de sua igreja. Se a igreja exige saia para ser tido como mais santo ele adere e defende tal prática, se o é com relação a abstenção de bebida alcoólica ele se abstém e defende a abstenção, e isso gera um falso sentimento de santidade, enquanto mais ele adere tais costumes que são observados por  décadas ou séculos por sua igreja mais sentimento de pureza ela tem.  Tradicionalismo é o zelo pela lei de sua denominação que traz uma sensação de superioridade intelectual e prática ao membro.
2) Formalismo
O formalismo é o apego a forma com que se faz as coisas, é a ênfase no que é belo exteriormente e enche os olhos, no que aparenta ser santo. Poderia se usar formalismo como sinônimo de ritualismo, mas acima de qualquer características do formalismo é fazer por dever  e não por prazer, falta espontaneidade e entusiasmo oque prejudica o verdadeiro culto a Deus e a santificação.
3)Legalismo
O legalismo concentra sua ênfase no comportamento, na obediência de regras, nas proibições como  não beber isso, não comer aquilo, não vestir isso e etc...
O legalismo procura controlar o crente com ordenanças que criam temor (errei, pequei, estou impuro) ou soberba (não bebo não fumo e não me relaciono com ninguém que faça tais coisas).
Essas coisas podem trazer aparência de santidade, de disciplina para o corpo mas não tem valor algum diante de Deus (Cl 2:23).
4) A verdadeira santidade
Diferente de tudo que foi escrito acima a santidade é uma separação para Deus baseados no amor e na fé que temos por ele, ela é interna e é enxergada externamente, mas sempre vem de dentro.
A santidade parte da obediência a bíblia e não a costumes de homens e julgos pesados imputados por homens segundo a vontade de sua própria carne.
O objeto da nossa predestinação e eleição é a santidade, é para que nos tornemos irrepreensíveis (Ef 1:4).

terça-feira, 14 de junho de 2016

O Batismo com Espírito Santo na ótica da Bíblia.




O Batismo com Espírito Santo é o motivo da divisão entre "pentecostais" e "tradicionais". Os primeiros afirmam que O batismo com Espírito Santo ocorre como uma segunda bênção ao cristão pós conversão que deve ser buscada através do cumprimento de algumas condições, que variam muito de igreja pra igreja e autor para autor. Ao concluir que é pós conversão e deve ser buscado, chega -se a conclusão óbvia de que alguns buscam e são batizados e outros não buscam e não são, ou seja um dualismo entre batizados e não batizados. Essa é a visão pentecostal do Batismo com Espírito Santo, mas oque a Bíblia e a História revelam sobre o assunto?

1) A História

Antes do Séc 20 não existia tal visão, todos os grandes teólogos desde o início da igreja até o ano 1900 não entendiam que o Batismo com Espírito Santo era após a conversão, que nem todo cristão é batizado com o Espírito Santo e que a evidência era falar em línguas. Essa visão surgiu na virada de 1900 pra 1901 sob influência do movimento de santidade metodista. A visão única era de que:
I- O Batismo com Espírito Santo acontecia simultaneamente a conversão,
 II- Todo cristão era batizado,
 III- Não havia línguas como evidência.

2) A Bíblia

I) O momento em que ocorre o batismo.

Para responder essa pergunta devemos recorrer a Ef 1:13 onde lemos o seguinte "  ...depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa". No texto de Efésios apesar de não aparecer o termo batismo entendemos que ser selado é equivalente a ser batizado pelo seguinte fato: O termo Espírito Santo da promessa se refere a promessa de Joel (2:28,29, At 2:14-17) cumprida no pentecostes, e do pai (Lc 24:49) também cumprida no pentecostes. Após concluirmos que o selo é equivalente ao batismo vemos que o momento que ocorre esse batismo ou selo, é que como diz o texto no momento que cremos no evangelho "... e tendo nele também crido fostes selados... "
Assim concluímos que fomos batizados quando nos convertemos.

II) Quem é batizado com Espírito Santo.

Paulo escrevendo aos coríntios mostra quem é batizado 1 Co 12:13 " Pois todos nós fomos batizados com um Espírito formando um corpo...
Todos nós cristãos é a confissão Bíblica do assunto de forma rápida e direta.

III) Evidência é falar em línguas.

Esta conclusão é baseada em Atos 2 mas deve ser rejeitada pois atos relata um acontecimento ao invés de dar uma norma para todos os tempos. No texto estava acontecendo a inauguração de uma nova era, estava ocorrendo o cumprimento de uma promessa escatológica, era um momento novo e único, se fosse padrão ouviríamos sons de vento e veríamos línguas de fogo sobre a cabeça das pessoas toda vez que alguém fosse batizado com Espírito Santo. Cada evento sobrenatural ocorrido no texto teve um propósito e significado especifico dentro da história (não é intenção tratar aqui) e não devem ser exigidos que ocorram hoje, falarei mas no próximo ponto.

3) O livro de atos e o batismo com Espírito Santo.

Muitos baseiam a visão de um batismo com o Espírito Santo após evidenciado por línguas baseado em atos 2,8,10 e 19 isso se explica facilmente.
Os 120 de atos não foram batizados na conversão porque quando se converteram o Espírito Santo não havia sido enviado ainda, e quando foi eles ja eram convertidos, foi uma ocasião histórica e específica.
Outra questão é que o ocorrido em Atos 2 ter se repetido três vezes podendo ser base para normatizar o batismo após a conversão evidenciado pelo falar em línguas.
A resposta também é simples, os ocorridos após atos 2 eram para mostrar aos Judeus da época que os Gentios também participavam da graça de Deus e deveriam ser aceitos tanto que esses eventos aconteceram com os samaritanos (Cap 8), com um centurião romano (cap 10), com os discípulos de João Batista (Cap19). Para confirmar isto leia as ocasiões com atenção.

domingo, 12 de junho de 2016

Existem profetas hoje?

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Quem nunca ouviu falar, ou conhece alguém que afirma ser profeta ou conhecer alguém que que afirme , na sua igreja ou na igreja de um amigo talvez tenha alguém. Provavelmente sim, pois a maioria dos evangélicos hoje acredita que  existam profetas  com mensagens novas vindas diretamente de Deus. Em contraposição a isso existem aqueles que acreditam que não existam mais, por que será? Isso tem base na bíblia? Isso que pretendo responder em poucas palavras.
I)Por que algumas pessoas creem não existir mais este ofício?
Porque alguns ofícios só existiram no inicio da igreja para atender necessidades circunstanciais da época, e acabando essas circunstâncias acaba-se o ofício ou dom. Como o exemplo de uma seringa que depois de usada para seu propósito é descartada, pois não tem mais uso.
II) Qual é o embasamento bíblico para tal afirmação?
1) A principal função do profeta no N.T era trazer novas doutrinas para firmamento da igreja.
Leia o texto abaixo:
Como me foi este mistério manifestado pela revelação, como antes um pouco vos escrevi;
Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo,
O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas;
Ef 3:3-5
O texto apresentado nos mostra que:
a) O mistério de Cristo  não havia sido revelado em outros séculos (no passado).
b) Agora, no tempo do autor, tem sido.
c) Foi revelado pelo Espírito aos apóstolos e profetas.
A palavra mistério na bíblia significa algo não revelado e não entendido que hoje foi revelado e é dado entendimento, ou seja, o mistério de Cristo são as doutrinas Cristãs não reveladas antes, mas que agora foram reveladas através dos apóstolos e dos profetas, com isso concluímos que a função principal que caracterizava o profeta era revelar doutrinas , ou seja,  trazer mistérios doutrinários antes ocultos, como por exemplo os gentios se tornando co-herdeiros da graça de Deus (Ef 3:5...). Profeta no novo testamento não é só quem prediz o futuro como pensam alguns, mas eles foram usados para revelações doutrinárias.

2) A função dos profetas já foi cumprida.
Leia o texto abaixo:
 Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina
Ef 2:20
Vemos no texto que profeta foi uma função para dar início a obra de edificação da igreja, eles deram o fundamento doutrinário para que a igreja fosse construída. Esse fundamento da igreja já foi dado, não existe doutrina sendo formulada mais, pois a Bíblia já esta completa, afirmar que existem profetas hoje é afirmar que ainda existem doutrinas sendo formuladas.
3) Concluindo
Resumindo, os profetas eram principalmente instrumentos para trazerem novas doutrinas, e como todas as doutrinas já foram dadas e escritas na Bíblia não há mais profetas, pois o trabalho de lançar o fundamento foi concluído, dizer que acredita que existem profetas hoje, que não revelam doutrina, para amenizar os problemas que a crença de que existem profetas hoje traz á igreja, pois crendo assim  anularia o princípio de que a Bíblia é nossa unica  regra de fé e prática é falta de compreensão do principal ofício bíblico do profeta.


O texto deixa claro que os apóstolos e profetas foram instrumentos para iniciar a obra de construção da igreja, pois o fundamento é a primeira coisa que se faz

domingo, 22 de maio de 2016

Podemos batizar crianças?

Podemos batizar crianças?

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No meio evangélico existe muita resistência ao pedobatismo principalmente por parte de batistas e pentecostais em oposição a católicos metodistas e presbiterianos.
Vou deixar aqui algumas considerações sobre o tema:
1) Um motivo muito alegado por alguns evangélicos leigos é que batismo de crianças é coisa de católico. Isto é uma grande falácia pois o batismo de crianças existia entre os judeus já na época do N.T onde os filhos de gentios que se tornavam adeptos da religião judaica caso fossem nascidos antes do batismo dos pais eram batizados pois eram considerados impuros, entre cristãos esta pratica já era comum na época de Orígenes e Tertuliano. Lutero o grande reformador nunca foi contra o batismo infantil nem Calvino.
2) Outro ponto é o fato de não batizar uma criam por ela não ter fé, que é o conhecido credobatismo.
Tais que afirmam esta inferência falaciosa devem refletir sobre alguns pontos como:
1- No rito inicial judaico (circuncisão) as crianças eram submetidas a ele aos 8 dias de existência, e Paulo em Romanos 4:11 afirma que a circuncisão era o selo da justiça e da fé.
Se seguisse tal raciocínio isso não seria possível pois a circuncisão selava a fé e criança não tem fé.
2- Jesus diz em Mc 16:15 que quem não crer será condenado. Esse tipo de raciocínio excluiria as crianças da salvação pois elas não crêem.
3) Minha penúltima consideração é referente ao fato de afirmarem que não existe relato nenhum na Bíblia afirmando que uma criança foi batizada. O argumento baseado no silêncio corta para os dois lados pois também não existe advertência nenhuma a tal prática. Existem vários relatos de famílias inteiras sem exceção sendo batizadas como At 16:15.
4) Respondendo o porque crianças são batizadas sem crer de forma resumida é que elas são batizadas por causa da Fé de seus pais. As crianças Judias eram circuncidadas por causa da Fé de seu grande pai Abraão, esse é o modelo de todas as alianças Bíblicas!
By:Lucas Carvalho

O cristão e a bebida alcoólica.

O cristão e a bebida alcoólica.
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Quem nunca se perguntou: Beber é pecado? Uma pergunta muito comum e que todo pastor ou professor já deve ter ouvido, até eu mesmo já encontrei uma primeiro anista no seminário assustada com a posição de um professor oposto a visão que sua denominação que ensinava fervorosamente que era pecado consumir bebida alcoólica . A maioria dos cristãos hoje tem aversão a bebida alcoólica e a demonizam, mas será que realmente é pecado?
Minha resposta a princípio será direta: Não é pecado! Existem basicamente duas classes de texto que falam sobre a bebida alcoólica ou a bebida fermentada que já tem seus efeitos.
1) Textos bíblicos que aconselham a bebida:
-SL 104:15 um salmo de louvor a Deus onde ele é louvado por por fazer a terra produzir a relva e as plantas (hrs 14) e no hrs 15 Deus e louvado pelo vinho que alegra o coração do Homem.
- Ec 9:7 onde Salomão aconselha a beber o vinho gostosamente.
2) Texto que advertem o exagero e a bebida em determinadas circunstâncias:
-Ef 5:18 onde Paulo adverte a embriaguez que é causado pelo consumo exagerado.
- Ez 44:21 onde os sacerdotes são proibidos de tomar vinho quando entrarem no átrio interior do templo (ou seja fora isso eles tomavam).
3)Este ponto será um anexo pois existem aqueles que dizem que o vinho usado e citado na Bíblia não era fermentado. Considero isso uma falácia pois o vinho da primeira ceia já havia sido colhido a meses e já tinha fermentado a muito tempo.
Os coríntios se embriagavam na ceia oque prova que o vinho citado na Bíblia embriagava (1 Co 11:21).
4) Uma curiosidade é que o Brasil é o único pais onde os cristãos tem esse preconceito com bebida alcoólica, mas já deixamos claro que a única coisa que a bíblia adverte é a embriaguês!

sábado, 16 de abril de 2016

Expiação Limitada

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Expiação Limitada
“Expiação limitada” nome que causa arrepio em muitos cristãos, e até terror, pois para alguns ler ou ouvir acerca desta doutrina é uma tortura longa e dolorosa. Naturalmente por “ter esse caráter” muitos opositores ela têm, os arminianos a chamam de calcanhar de Aquiles do calvinismo por que segundo tais, Deus obviamente morreu por todos como afirmam a Escritura. Mas será que o ponto fraco do calvinismo é tão fraco assim como afirmam seus opositores? É isso que vou tentar responder hoje com o mínimo de parágrafos possível. Vou começar com uma citação da confissão de Fé de Westminster: “Aprouve a Deus, em seu eterno, escolher e ordenar o Senhor Jesus, seu filho Unigênito, para ser mediador entre Deus e o homem, o Profeta, Sacerdote e Rei, o Cabeça e Salvador de sua igreja... e deu-
Lhe desde toda a eternidade um povo para ser sua semente, e no tempo devido, ser por Ele remido, chamado, justificado, santificado e glorificado... O Senhor Jesus, pela sua perfeita obediência e pelo sacrifício de si mesmo... Satisfez plenamente a justiça do Pai, e, para todos aqueles que o Pai Lhe deu, adquiriu não só a reconciliação, como também uma herança perdurável nos reinos dos céus... Cristo, com toda certeza e eficazmente, aplica e comunica a salvação a todos aqueles para os quais Ele adquiriu”. 
O envio de Cristo ao munto foi para satisfazer a justiça do Pai, para todos aqueles que o Pai lhe deu, ou seja, a expiação é definida e limitada a estes.
Antes de abordarmos o assunto totalmente reconheço que nem todos tem uma boa noção do que é expiação, portanto farei uma breve apresentação: Expiação se refere diretamente á obra de Cristo na cruz. Nós somos criminosos por transgredir a lei de 
Deus no Éden e passivos de condenação (Rm 6:23) e Cristo sofreu esta pena por nós apaziguando a ira de Deus que está sobre o homem por ser pecador (Rm 1:18; Ef 2:3). George Ladd explica a expiação através de algumas palavras:
 Sacrificial: Pulo vê a morte de Cristo como uma morte sacrificial, em vária refências ele associa a morte de Cristo ao ritual e ao conceito de Sacrifício do A.T.
Vicária: Cristo não morreu meramente como um evento na hisória, e tampouco por causa própria. Ele morreu por nós.
Substitutiva: A morte de Cristo foi no lugar dos transguessores.
Propiciatória: A morte de Cristo não está só relacionada ao pecado e ao homem mas também a Deus. Essa palavra significa acalmar uma pessoa que foi ofendida, a morte de Cristo acalmou a ira de Deus que foi ofendido pelo pecado do homem satisfazendo-a com sua morte.Essa palavra significa acalmar uma pessoa que foi ofendida, a morte de Cristo acalmou a ira de Deus que foi ofendido pelo pecado do homem satisfazendo-a com sua morte.
Redentora: Cristo nos comprou na Cruz do calvário, onde deixamos de ser escravos do diabo e do pecado para pertencer a Cristo.
Triunfante: Outra causa da Expiação foi o triunfo de cristo sobre a morte, sobre o diabo e etc...
Agora que temos uma noção básica do que é a doutrina vamos ver os pontos que se são discordados do calvinismo:
1) Cristo na Cruz garantiu a Salvação ao invés de possibilitar.
Geralmente ouvimos isso em pregações “ que Cristo tornou possível a salvação”, a terminologia que encontramos na Escritura é completamente diferente da dos pregadores arminianos, vejamos:
1. Lucas 19: 10. "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia
perdido." - Portanto, está claro que Deus pretendia realmente salvar os
pecadores perdidos mediante a morte de Cristo.
2. Mateus 1 :21. " ... e chamarás o seu nome Jesus, porque ele salvará o seu povo
dos seus pecados." - Portanto, tudo que fosse realmente necessário para salvar
os pecadores deveria ser feito por Jesus Cristo.
3. I Timóteo 1: 15. " ... que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores."
- Isso não nos permite supor que Cristo veio simplesmente para possibilitar a
salvação dos pecadores; pelo contrário, insiste no fato de que Ele veio
realmente para salvá-las.
18
4. Hebreus 2:14-15. " ... para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da
morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que ... estavam ... sujeitos à servidão."
- O que poderia ser mais claro que isto? Cristo veio realmente para salvar os
pecadores.
5. Efésios 5:25-27. ". " como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se
entregou por ela, para a santificar ... para a apresentar a si mesmo igreja
gloriosa ... " - Penso que não é possível dizê-lo mais claramente do que o
Espírito Santo o fez nesta passagem; Cristo morreu para purificar, santificar e
glorificar a Igreja.
6. João 17:19. " ... me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam
santificados na verdade." - Será que aí não estamos ouvindo o próprio Salvador
declarar o propósito de Sua morte? Ele morreu a fim de que alguns (não o
mundo todo, visto que Ele não orou por isso - versículo 9) fossem realmente
santificados (ou feitos santos).
7. Gálatas 1:4. "O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar ...”
- Afirma aqui, outra vez, o propósito da morte de Cristo como sendo realmente
para nos libertar.
8. II Coríntios 5:21. "Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para
que nele fôssemos feitos justiça de Deus." - Portanto, entendemos que Cristo
veio para que os pecadores pudessem tornar-se justos (John Owen).

2) A morte Vicária de Cristo foi apenas por seus eleitos.
Existem vários textos que especificam por quem Cristo morreu:
Cristo morreu.
 Estes são geralmente descritos como "muitos", por exemplo: Isaías 53: 11;
Marcos 10:45; Hebreus 2:10. Mas estes "muitos" são descritos em outros lugares como:
1- As ovelhas de Cristo Jo. 10:15
2- 2-  Os filhos de Deus Jo. 11:52
 3-  Os filhos que Deus Lhe deus Jo. 17:11; Heb. 2:13
 4- Seus escolhidos Rom. 8:33
 5- O povo que Ele antes conheceu Rom. 11:2
 6- Sua igreja At. 20:28
 7- Aqueles cujos pecados Ele levou Heb. 9:28
Inferência lógica: Os decretos de Deus não mudam, são eternos soberanos e eficazes. Se Deus resolveu alguma coisa quem o pode dissuadir? Tudo que ele deseja isso fará (Jó 23:13).  O meu conselho permanecerá de pé, farei a minha vontade ( Is 46:10). Com base nisso como afirmar que Deus queria salvar todos se nem todos serão salvos? Teremos que apagar textos como esses da Bíblia? Ou assumir que Deus nunca quis salvar a todos? Pensemos...
3) E o que fazer quando Cristo aplica os termos “ Todos” e “Mundo”?
a) A palavra mundo  quando se refere por metonímia aos habitantes. Segundo Ladd  um estudo desses versículos mostra que a palavra grega “Kosmos” não se refere a todos os seres humanos, mas sim a humanidade de uma forma geral. 
- Deus ama o mundo Jo 3:16.
- Enviou seu filho para salva-lo Jo 3:17.
-Jesus é o salvador do mundo 4:42.
. Jesus tira o pecado do mundo Jo 1:29.
A palavra mundo não pode significar todos os indivíduos do mundo, pois  todos estão tem pecado (Jo 1:29)? Todos estão salvos (4:42)?
Ai do mundo por causa dos escândalos Mt  18:7. Imagina se esse texto se referisse a todos os indivíduos! Confira também: 
Lc 2,1; Jo 1.10; At 11.28;
19.27; 24.5; Rm 1.8; Cl 1.6.

A palavra todos quando usada referente à salvação quer dizer que Cristo não morreu apenas por Judeus, mas por todos Judeus e Gentios, e não deve significar todos os indivíduos existentes Owen analisa: Há algumas considerações gerais sobre a palavra "todos" que devem ser feitas em
primeiro lugar. Ela tem dois significados em seu uso normal. Pode tanto significar "a
totalidade de" como "os de toda a espécie". Posso afirmar que talvez uma em cada dez
vezes, ela significa "a totalidade de" nas Escrituras! O uso mais comum da palavra é com o
sentido de "os de toda a espécie". Por exemplo:
Lucas 11 :42. As palavras verdadeiras aqui são "toda a hortaliça". Mas os tradutores
as têm traduzido "todas as espécies de hortaliças", o que acreditamos estar correto.
5
João 12:32. Obviamente, não é toda a raça humana que será atraída para Cristo.
"Todos", nesta passagem, só pode significar homens de toda a espécie.
Atos 2:17. E claro, por experiência, que o Espírito Santo não é derramado sobre toda a raça humana. "Toda a carne" só pode significar, aqui, pessoas de toda a espécie - não apenas judeus.
Atos 10: 12. Aqui, novamente, as palavras usadas são: "todos os animais", mas os tradutores têm corretamente traduzido "toda a espécie de animais".
Destes exemplos (e poderíamos usar muitos outros) podemos tirar três conclusões:
. A palavra "todos" frequentemente significa" alguns de toda espécie".
A palavra "todos" pode significar "todos de uma determinada espécie". Em
Romanos 5: 18, "todos os homens" obviamente significa "todos os' homens
justificados" ou "todos os crentes".
 Quando o Velho Testamento profetiza que "todas as nações" se converterão, o
Novo Testamento mostra que isso significa todos os eleitos de Deus de todas as nações.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Série os cinco pontos do calvinismo: Eleição incondicional.




Eleição incondicional é a escolha soberana de Deus á alguns homens antes da fundação do mundo para a salvação, por incondicional entendemos que Deus não considerou absolutamente nenhum pré-requisito do homem para tal escolha, pois como foi estudado no artigo anterior, o homem não tem capacidade para produzir algo que agrade a Deus.

1)     Eleição

A doutrina da eleição é muito abordada na Escritura, começaremos com Efésios 1:4-6 que diz: como também nos elegeu nele antes da função do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade.
O texto nos mostra algumas verdades:1)Deus elege o homem e não o contrário, 2) essa eleição foi antes que tudo existisse, 3) O propósito e resultado da eleição não é uma vida de promiscuidade por já serem eleitos, mas resulta santidade e uma vida irrepreensível diante de Deus, 4) Santidade é o resultado da eleição e não um pré-requisito para tal, 5- Essa escolha é segundo a bondade de sua vontade e não da bondade dos eleitos  para louvor e glória de sua graça, pela qual no fez agradáveis a si no amado.O grande fim da eleição é a salvação do homem como afirma Paulo 2Ts 2:13 ...Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação... O termo escolher ou eleger acabou dando nome ao povo de Deus de tanto ser usado na Escritura: ... mas, por causa dos escolhidos que escolheu... Mc 13:20.

2)      Incondicional

Incondicionalidade em Romanos 9: Romanos 9 tem sido interpretado por arminianos como escolha de grupo e não de indivíduo, mas isso é uma falta de consideração ao contexto, pois o problema que Paulo estava resolvendo indica o contrário. Paulo começa o capitulo mostrando grande tristeza pelos judeus portadores de tantos privilégios terem rejeitado o Cristo ( 9:1-5). E o grande questionamento era se por isso a palavra de Deus havia falhado (9:6). Paulo começa a explicar que não, e argumentar que nem todos que são descendência de Abrão são todos filhos dele (ou da promessa) (9:6-8). Para defender tal afirmação ele cita exemplos como o de Isaque e Esaú que eram ambos filhos de Abraão e mostra que ele ( Deus) amou a Isaque e aborreceu a Esaú, e disse que o maior servirá o menor, e no final afirma que Deus tem misericórdia de quem ele quer, para ilustrar que Deus se compadeceu dos descendentes de Abraão que ele quis e endureceu os que ele quis, por isso muitos descendentes de Abraão rejeitaram a Cristo, e não pelo fato da palavra de Deus ter falhado com Deus tendo sido rejeitado por muitos judeus (Rm 9:9-16).  Concluindo a questão da individualidade, Romanos 9 foi escrito para mostrar aos Judeus de Roma que muitos descendentes de Abraão rejeitaram a Cristo porque ele não se compadeceu deles, ao invés  dos Judeus terem usado seu “livre arbítrio para tal (Rm 9:16). A incondicionalidade aparece no texto quando Paulo faz afirmações como: porque não tendo eles ainda nascido, nem feito bem ou mal ( para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama) 9:11.
Leia também :9:16; 21.

Incondicionalidade em Efésios 1:4-6, 11: Onde a causa da predestinação dos eleitos é a bondade (beneplácito) de Deus vrs 5, e  conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho de sua vontade vrs 11.
Outro grande argumento a favor da eleição incondicional é a depravação total que mostra que o homem não tem nada que dê motivos para Deus o salvar. Veja  http://dosesdeteologia.blogspot.com.br/2016/04/serie-os-cinco-pontos-do-calvinismo_14.html.

Argumentos contra a incondicionalidade:
Deus conheceu antes de predestinar Rm8:29: O termo conhecer não significa prever boas obras, ou resposta de Fé como por exemplo Gn 4:1 onde se refere a relação sexual, em Am 3:2 como escolha. No N.T també se refere a relação sexual em  Mt 1:25. Segundo grandes Exegetas e dicionaristas o termo se referem em Rm8:29 a uma escolha baseada em um sentimento afetivo, que é o significado que tal palavra carrega desde o A.T. Existem outros fatores que não serão citados por questão de extensão.



Deus escolhe baseado na Fé: A Bíblia deixa claro que a Fé é um dom que vem de Deus (Ef 2:8), Hb 12:2 diz que Jesus é o autor e consumador da fé, no sentido de que ele é quem cria a fé no homem e mantém até o fim. Outro argumento é que a eleição é anterior a fé, e só tem fé quem foi destinado para tal ( At 13:48).

 Que este artigo possa ter ajudado, Graça e paz.

Série Os cinco pontos do calvinismo: Depravação total.


John Piper diz que quando falamos sobre depravação do homem nos referimos a “condição natural do homem, sem qualquer graça exercida por Deus para restringir ou transformar o homem”. Estar totalmente depravado é estar totalmente inabilitado espiritualmente de se achegar a Deus. O homem totalmente depravado não enxerga, não entende e não pratica a verdade do evangelho, e pior ainda, ele está impossibilitado de fazer tais coisas por causa do pecado que reina sobre tal. Calvino diz o seguinte sobre o estado do homem: “As Escrituras atestam que o homem é escravo do pecado; oque significa que seu espírito é tão estranho á justiça de Deus que não concebe, deseja, nem empreende coisa alguma que não seja má, perversa, iníqua e impura; pois o coração, completamente cheio do veneno do pecado, não pode produzir senão frutos do pecado. Não pensemos, entretanto, que o homem peca como que impelido por uma necessidade incontrolável; pois peca com consentimento de sua vontade continuamente e segundo sua inclinação. Mas, visto que, por causa da corrupção do seu coração, odeia profundamente a justiça de Deus; e, por outro lado, atrai para si toda sorte de maldade, por isso afirmamos que não tem o livre poder de eleger o bem ou o mal – que é oque chamamos de Livre arbítrio.”
Tal ensino está de acordo com as confissões reformadas, como a Escocesa, a confissão dos países baixos, Catecismo de Heidelberg e nas confissões Helvética e de Westminster. De todas, minha preferida é a descrição da última das citadas que diz assim:“ Por esse pecado (original) eles decaíram da sua retidão original e da comunhão com Deus, e assim se tornaram mortos em pecado inteiramente corrompidos em todas as suas faculdades e partes do corpo e da alma. O homem caído em seu estado de pecado perdeu totalmente o poder de vontade quando a qualquer bem espiritual que acompanhe a salvação, de sorte que um homem natural, inteiramente adverso ao bem e morto no pecado, é incapaz de, pelo seu próprio poder, converter-se ou mesmo preparar-se para isso”.
Mesmo diante de Calvino e das confissões de Fé, e até de outros grandes teólogos que poderiam ser citados com Edwards e Spurgeon não podemos aceitar tal doutrina por estar em confissões famosas e bem elaboradas, mas devemos analisar se a depravação total é uma doutrina bíblica ou não e é isso que pretendemos fazer neste artigo onde veremos a situação do homem sem nenhuma graça de deus exercida sobre ele.

1)      Toda a humanidade está em pecado, pois todos nós somos herdeiros pecado de Adão que era a cabeça e representante da humanidade.

Quando Deus testou Adão no Éden ele estava testando toda humanidade, pois Adão era o representante da humanidade, então a sua escolha era correspondente a de todos nós. Primeiro vamos ver as evidências Bíblicas de que toda humanidade está em pecado:
Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire apedra;Rm 8:12 porque todos pecaram; Rm 3:10 Não há um justo se quer e etc...
O pecado do homem vem desde o seu nascimento como diz Davi no salmo 51:5 após ter se relacionado com Bate Seba e ser repreendido pelo profeta Natã: Eu nasci na iniquidade em pecado me concebeu minha mãe. De onde vem isso tudo? Por que somos assim e nascemos assim? Qual é a origem disso? Paulo responde em Romanos 5:12 por um só homem entrou o pecado no mundo; 15 pela ofensa de um só morreram muitos; 18 por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação. 19 Pela desobediência de um só muitos se tornaram pecadores... Adão é a origem de todo o pecado, o ato dele era o nosso, a escolha dele foi a nossa, o fato de sermos todos pecadores e a causa disso ter sido Adão é inquestionável.

2)      Os efeitos do pecado sobre o homem são piores do que pensamos.

Será que somos bonzinhos? Que somos pessoas maravilhosas e admiráveis diante de Deus? Temos vistos tantas músicas no meio evangélico hoje que o nosso ego se eleva as alturas. Mas qual será a visão bíblica do homem? Veremos isto agora!
Mortos: Efésios 2 diz que antes de Deus nos dar vida nós éramos mortos em nossos delitos e pecados. Paulo usa para ilustrar a nossa condição natural devido ao pecado um morto, não um doente, não um meio morto e nem um coma, mas por que será? Paulo quis ilustrar que o efeito do pecado no homem é total para matar o homem com relação a Deus. O cérebro não funciona tornando incapaz de entender a verdade do evangelho e aceita-la, o coração não bate impedindo o homem natural de qualquer afeto por Deus, o sistema nervoso desligado impedindo qualquer reação ao evangelho. Um morto não reage a mais suave música nem ao estrondo de um trovão e nem se quer a uma paulada! Essa é a condição do homem sem a graça vivificadora do homem. No verso dois Paulo afirma que os Efésios ante de terem vida andavam de acordo com o curso do mundo, segundo Satanás. O homem natural anda de acordo com o mundo, ama e pratica o pecado, e por mais religioso que pareça por fora, o engano e hipocrisia reina em sua vida. No vrs 3 Paulo afirma que o homem morto anda segundo ás inclinações da carne. Como pode a carne se inclinar pra Deus? Querer Deus? Amar a Deus?  E por tudo isso o homem é filho da ira de Deus(vrs 3).
Satanás tem cegado e impedido os homens de enxergarem a Deus (2Co 4:4), O homem não pode aceitar as coisas do Espírito de Deus (1 Co 2:14), nem ouvir a Deus ( Jo 8:43). Jesus em João 6:44 afirma que ninguém pode ir até ele! Será que porque ele não deixa? Ou é porque o homem não tem capacidade para isso? Paulo responde remRm 3:11 dizendo “ não há quem busque a Deus, não há quem entenda!, 12 todos se extraviaram, 18 Não há temor a Deus diante dos homens”.
Escravos do Diabo: 2Tm 2:26 diz “ tendo, sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade: O homem sem a libertação de Deus está preso pelo diabo para fazer a vontade dele, essa é a condição do homem natural, um escravo que faz a vontade do Diabo. Como um escravo do Diabo vai escolher Deus se ele faz a vontade do Diabo?
Mau em seus desígnios íntimos do homem desde a sua mocidade: Essa é a forma que Deus descreve o homem em Gn8:21. Os desejos e propósitos do homem são ruins, a Escritura é nítida nisso, e não deve ser negada essa realidade. Mas o movimento humanista cristão continua insistindo que o homem pode escolher a Deus, pois sua natureza não se inclina para tal fim! Essas palavras não são de Calvino, nem de confissão nenhuma, mas do Próprio Deus!Rm8:7,8 afirma que o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeita a lei de Deus e NEM PODE ESTAR, portanto os que estão na carne NÃO PODEM AGRADAR A DEUS! Quero deixar uma pergunta retórica do próprio Cristo: Colhem-se, por ventura uva dos espinheiros? Paulo em Rm7:18 diz “Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum”. A depravação total não é uma invenção de Calvino, mas uma doutrina Bíblica!

Deus vos abençoe, graça e paz!
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